"O tédio apoderara-se de mim; sentia uma necessidade nervosa de contradições e contrastes, e atirava-me de cabeça na má vida."
"Uma vez ao passar da noite junto de uma pequena taberna, pude ver, através dos vidros, uns jogadores de bilhar que sacudiam o pó da roupa com os tacos e acabaram por atirar uma pessoa pela janela. Noutra ocasião, aquilo ter-me-ia impressionado, mas acabei por sentir inveja do homem que fora atirado pela janela, e a tal ponto que puxei a porta da taberna e entrei na sala de bilhar: «Pode ser - disse para comigo - que também me atirem pela janela.»"
"...Desejará propositadamente absurdos capazes de levá-lo à perdição, coisas insensatas e inúteis, só para acrescentar a essa prudência positiva um elemento destruidor fantástico."
"Mas repito-lhes pela centésima vez que há um caso, um só, em que o homem pode desejar algo de nocivo, insensato e louco. E isso acontece quando ele quer ter o direito de desejar tudo quanto há de mais absurdo e emancipar-se do dever de desejar apenas o que é digno. Porque essa inépcia, essa coisa absurda é sem dúvida o meu capricho."
domingo, 12 de julho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Perfect Blue
Não sou feliz e estou plenamente convicto de que dificilmente me sentirei preenchido a médio prazo.
Só penso parar novamente no (meu) inatingível. Até lá sangrarei os pés com contentamento.
Só penso parar novamente no (meu) inatingível. Até lá sangrarei os pés com contentamento.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Akiraesque.
terça-feira, 23 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Prototype no 1
quarta-feira, 17 de junho de 2009
domingo, 7 de junho de 2009
Sequências
Até uma certa idade temos constantemente que provar a nossa valia, algo que me desagrada por completo.
Anseio pelo chegar da idade em que ostente ao pescoço a placa que mostre "Eu sou isto. Valho tanto e como tal, mostra respeito." - Porque não devemos respeito a qualquer pessoa. Devem-lo a um reduzido número de pessoas, que trabalham para o merecer (ainda que não trabalhem para nos convencer a nós em particular).
Continuo no entanto a esperar pelo professor universitário que me diga que ouviu tremendas coisas de mim, tanto que me dispensa da cadeira com uma nota agradável (falar em números seria, concerteza, algo rude), das pessoas que me tratem instantaneamente com a maior das apreciações, ou de ofertas a serem constantemente propostas, apenas com base naquilo que já construí.
Porque parecendo que não, por mais próximo que possa estar desta realidade (está constantemente ao virar da esquina), o jogo de ancas de dobrar constantemente esquinas, é algo que me causa umas quantas semi-roturas (psicológicas).
Anseio pelo chegar da idade em que ostente ao pescoço a placa que mostre "Eu sou isto. Valho tanto e como tal, mostra respeito." - Porque não devemos respeito a qualquer pessoa. Devem-lo a um reduzido número de pessoas, que trabalham para o merecer (ainda que não trabalhem para nos convencer a nós em particular).
Continuo no entanto a esperar pelo professor universitário que me diga que ouviu tremendas coisas de mim, tanto que me dispensa da cadeira com uma nota agradável (falar em números seria, concerteza, algo rude), das pessoas que me tratem instantaneamente com a maior das apreciações, ou de ofertas a serem constantemente propostas, apenas com base naquilo que já construí.
Porque parecendo que não, por mais próximo que possa estar desta realidade (está constantemente ao virar da esquina), o jogo de ancas de dobrar constantemente esquinas, é algo que me causa umas quantas semi-roturas (psicológicas).
sábado, 30 de maio de 2009
Being Bateman-ish

Patrick Bateman: There is an idea of a Patrick Bateman; some kind of abstraction. But there is no real me: only an entity, something illusory. And though I can hide my cold gaze, and you can shake my hand and feel flesh gripping yours and maybe you can even sense our lifestyles are probably comparable... I simply am not there.
..
Patrick Bateman: I have all the characteristics of a human being: blood, flesh, skin, hair; but not a single, clear, identifiable emotion, except for greed and disgust. Something horrible is happening inside of me and I don't know why. My nightly bloodlust has overflown into my days. I feel lethal, on the verge of frenzy. I think my mask of sanity is about to slip.
Evelyn Williams: You're inhuman.
Patrick Bateman: No... I'm in touch with humanity.
..
Patrick Bateman: What's wrong with that? It's totally disease-free.
..
Patrick Bateman: [in bed] Don't touch the watch.
..
Patrick Bateman: There are no more barriers to cross. All I have in common with the uncontrollable and the insane, the vicious and the evil, all the mayhem I have caused and my utter indifference toward it I have now surpassed. My pain is constant and sharp and I do not hope for a better world for anyone, in fact I want my pain to be inflicted on others. I want no one to escape, but even after admitting this there is no catharsis, my punishment continues to elude me and I gain no deeper knowledge of myself; no new knowledge can be extracted from my telling. This confession has meant nothing.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
No País vizinho também durmo no berço da sétima arte.

"Eres fea, Lourdes. Muy fea. Tu no tienes la culpa, pero yo tampoco. Es este mundo en el que vivimos el que me hace odiarte."
(Mais sobre Almodóvar, Buñuel, Alex de la Iglésia e Amenábar num futuro próximo). Fontes de inspiração constante. A minha vida TERÁ de ser cinema, sob pena de suicídio aos 39.
Swedish Nouvelle Vague


Finalmente a Suécia parece ter conseguido levantar-se e honrar a memória de Bergman, que durante tantos anos pareceu pesar como uma capa de ferro. Realizadores como Lukas Moodysson foram responsáveis por tal, mas filmes como Let the Right One In continuam a fazer a ponte para estabelecer o cinema Sueco como um sério merecedor de aplausos.

Sobre este último, é O filme de vampiros por excelência.
Com o sóbrio enquadramento sueco a aliar-se a bem conseguidos efeitos-especiais e a excelente combinação thriller-romance, como não me lembro de nenhum filme conseguir mostrar nos últimos anos, este é um filme que merece completamente o lugar na história que certamente já conseguiu.
Os actores suecos apresentam-se com uma sobriedade incrível, mormente os papéis principais serem interpretados por crianças. Goste-se ou não, aprenda-se a apreciar um cinema que não pode ser encontrado em mais nenhum local do planeta.
Porque a mentalidade é totalmente diferente. E quem se interessa por tal, sabe que é impossível criar algo único sem uma mentalidade também ela única.
terça-feira, 19 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Post-ish
For now, the prettiest damn thing I keep, is the half-moon-ish scratch on the right hand.
'Always been fond of long lasting marks as memories.
'Always been fond of long lasting marks as memories.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Problem is:
As mãos passíveis de me agarrar e libertar da banalidade precisam todas de uma séria manicura.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Já parei o tempo.
Todos devíamos ter um comando para pausar o tempo por um espaço de tempo até 7 dias. Só o poderíamos fazer três vezes na vida, sem que as outras pessoas se apercebessem de tal, sem que ninguém saísse lesado de tal.
Nesse processo poderíamos convidar quem quer que fosse para embarcar nessa paragem connosco.
Zás. Todos parados. Viver de uma forma inteiramente diferente. Duas oportunidades mais.
Em boa verdade, julgo que actualmente já só me sobraria um clicar no comando.
Talvez não tenha vivido assim tão mal até aqui.
Talvez possa dizer que Já parei o tempo.
Nesse processo poderíamos convidar quem quer que fosse para embarcar nessa paragem connosco.
Zás. Todos parados. Viver de uma forma inteiramente diferente. Duas oportunidades mais.
Em boa verdade, julgo que actualmente já só me sobraria um clicar no comando.
Talvez não tenha vivido assim tão mal até aqui.
Talvez possa dizer que Já parei o tempo.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Dostoievsky...sh.
"Ou herói, ou atolado de lama até ao pescoço; para mim não existiam os meio-termos. E foi essa a causa da minha perdição. Quando me afundava no atoleiro consolava-me pensando que noutros instantes era um herói. E o herói escondia o atoleiro. Um homem vulgar deve sentir vergonha de se manchar; mas um herói está demasiado alto para que o lodo o salpique e, por isso, pode salpicar-se quanto quiser."
domingo, 29 de março de 2009
Música electro. Batida do coração. Está tudo preso, seus cabrões. Um comprimido, que flutua delicadamente pela tua garganta, com a ternura que julgavas estar já perdida. Crescendo de intensidade. Todos os corpos estão colados, quando a ti tudo te parece vazio em redor. Estás sozinho. Acordas e estás sozinho. Não te interessa - porque haveria?
Chocam contra ti e caíste ao chão. Mas o chão é bom. É duro, frio, impessoal. Apaixonas-te. És calcado e vomitas. Sentes que é a melhor coisa que alguma vez saiu de ti. O teu coração está prestes a explodir. Queres que rebente, mas com uma intensidade equiparável à de uma bomba. Durante esse micro-segundo, sabes que te sentirás vivo, como nunca sentiste. Como nunca sentirias novamente.
Valeu a pena.
Chocam contra ti e caíste ao chão. Mas o chão é bom. É duro, frio, impessoal. Apaixonas-te. És calcado e vomitas. Sentes que é a melhor coisa que alguma vez saiu de ti. O teu coração está prestes a explodir. Queres que rebente, mas com uma intensidade equiparável à de uma bomba. Durante esse micro-segundo, sabes que te sentirás vivo, como nunca sentiste. Como nunca sentirias novamente.
Valeu a pena.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Por completar.
Sinto-me adormecido, completamente submerso numa banheira cheia de apatia.
Só vou conseguir acordar quando deixar tudo para trás.
Não é aqui que vou encontrar o gatilho que accionará a minha reacção definitiva perante a vida.
Só vou conseguir acordar quando deixar tudo para trás.
Não é aqui que vou encontrar o gatilho que accionará a minha reacção definitiva perante a vida.
Assinar:
Comentários (Atom)



