"O tédio apoderara-se de mim; sentia uma necessidade nervosa de contradições e contrastes, e atirava-me de cabeça na má vida."
"Uma vez ao passar da noite junto de uma pequena taberna, pude ver, através dos vidros, uns jogadores de bilhar que sacudiam o pó da roupa com os tacos e acabaram por atirar uma pessoa pela janela. Noutra ocasião, aquilo ter-me-ia impressionado, mas acabei por sentir inveja do homem que fora atirado pela janela, e a tal ponto que puxei a porta da taberna e entrei na sala de bilhar: «Pode ser - disse para comigo - que também me atirem pela janela.»"
"...Desejará propositadamente absurdos capazes de levá-lo à perdição, coisas insensatas e inúteis, só para acrescentar a essa prudência positiva um elemento destruidor fantástico."
"Mas repito-lhes pela centésima vez que há um caso, um só, em que o homem pode desejar algo de nocivo, insensato e louco. E isso acontece quando ele quer ter o direito de desejar tudo quanto há de mais absurdo e emancipar-se do dever de desejar apenas o que é digno. Porque essa inépcia, essa coisa absurda é sem dúvida o meu capricho."
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