quinta-feira, 15 de maio de 2008
O prazer da desgraça em Camus
"Todo o meu ser se retesou e crispei a mão que segurava o revólver. O gatilho cedeu, toquei na superfície lisa da coronha e foi aí, com um barulho ao mesmo tempo seco e ensurdecedor, que tudo prinicipiou. Sacudi o suor e o sol. Compreendi que destruí o equilíbrio do dia, o silêncio de uma praia onde havia sido feliz. Voltei então a disparar mais quatro vezes contra um corpo inerte, onde as balas se enterravam sem se dar por isso. E era como se batesse quatro breves pancadas, à porta da desgraça."
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