sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Para Países absurdos com regimes autoritários

Um concurso onde cada cidadão entra com a quantia de 1€. Semanalmente junta-se esse valor, sorteando-lo por um cidadão. Todas as semanas há um novo-rico, sem para que tal tenhamos de desenhar cruzes em quadrados.

Os que ganharem podem mudar de País e desvirtuar gradualmente a experiência de jogo aos seguintes.

A rever.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Inevitabilidades

É inevitável que a dada altura surja a desilusão - ou o não alcançar das expectativas geradas - perante a convivência pessoal com um bom escritor.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Everything, except Chuck Norris.

http://www.youtube.com/watch?v=NdD54rG9oQA&feature=related

Quero viver numa realidade alternativa onde possa ligar a televisão (irónico que ainda fosse depender tanto da televisão, mesmo que numa realidade paralela) e deparar-me com situações como esta.
Para que tudo fizesse sentido e me realizasse, o sentimento que deveria emanar do programa seria um de veracidade, com um je ne sais quoi de lavagem cerebral.

sábado, 28 de junho de 2008

Natureza absurdista

Ninguém está interessado naquilo que é verdadeiramente melhor para si.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Near-Death Experience



Because /It doesn't mean I don't love you/When I put a gun to your face/It just means I want to get rough with you/

segunda-feira, 9 de junho de 2008

- Quando quase tudo é por demais explícito.

Haverá sempre um número de pessoas que verão as suas declarações analisadas à procura do significado mais implícito. Merecidamente - quando quase tudo é por demais explícito.

domingo, 8 de junho de 2008

- Quando não sabemos que o "eu" é tudo.

Numa relação, duas pessoas lutam sempre contra a desilusão gerada ao saber que ninguém nos completa totalmente - quando não sabemos que o "eu" é tudo.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Ego choices

Entre um homem e uma mulher inteligentes dispostos a elogiar-me, dêem-me o primeiro.

domingo, 1 de junho de 2008

Momentos incomparáveis

Ou Elaine Benes, no episódio "The Pen", a gritar "Stella".

sábado, 31 de maio de 2008

Neurosis

É querer - ter de - saber o significado por detrás da coisa mais insignificante.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Meds

Viver sem comprimidos é retirar o elemento surpresa a algo aborrecido.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

E então

...Como estão as coisas na costa oeste?

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Tendências primas

O melhor das obras-primas é tenderem sempre a ser desprezadas pelos medianos.

terça-feira, 20 de maio de 2008

O'SevenO'Eight

É começar e acabar a ganhar, penando nos entremeios.
Sem o sofrimento, as crises de personalidade, a paranóia e os golos absurdos, este não seria o meu Sporting.
Mesmo que tudo o mais falhasse, seriam estes os predicados aos quais iria buscar uma dose extra de identificação, naquela que foi a história de uma época.

sábado, 17 de maio de 2008

Às segundas ao sol, mar adentro, este país não é para velhos. - lido como frase, não como enumeração.




Javier Bardem é, para mim, o melhor actor vivo.
No desempenho da sua profissão, é talvez o elemento menos passível de ser estereotipado no mundo, não se coibindo, sempre que necessário, de alterar drasticamente a aparência conforme a personagem que abraça.
Assim, em cada filme em que decide pôr o seu cunho, vêmo-lo como uma pessoa diferente - e por diferente, entenda-se completamente transfigurada.

De revolucionário, impulsivo, cínico e mulherengo em Los Lunes al Sol, vemo-lo como lúcido, sereno, sábio e galanteador em Mar Adentro, até que, na corrida aos óscares, com o trepidante NCFOM vimo-lo capaz de interpretar um dos melhores psycho killers da história do cinema - e logo à primeira tentativa -.

São três filmes obrigatórios na ainda curta carreira deste magnífico actor. Realce para Mar Adentro, no qual Bardem encarna a personagem - de forma biográfica - Ramón Sampédro. Do início ao fim, o filme desenrola-se como um poema à vida que deseja a morte, tratando por tu o suicídio que não é mais do que uma miragem, quando se é um tetraplégico a quem o sonho de morrer é negado.

Espero com alguma ansiedade o seu retorno aos cinemas, junto do mestre Woody (digna de vassalagem, qualquer alma que arquitecte diálogos como os seus), e da pertinente Penélope.

(In)tangibilidades

A intangibilidade da perfeição é algo que a minha personalidade obsessiva-compulsiva agradece.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Zás.

O absurdo não é levado suficientemente a sério.






Ainda bem.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

O prazer da desgraça em Camus

"Todo o meu ser se retesou e crispei a mão que segurava o revólver. O gatilho cedeu, toquei na superfície lisa da coronha e foi aí, com um barulho ao mesmo tempo seco e ensurdecedor, que tudo prinicipiou. Sacudi o suor e o sol. Compreendi que destruí o equilíbrio do dia, o silêncio de uma praia onde havia sido feliz. Voltei então a disparar mais quatro vezes contra um corpo inerte, onde as balas se enterravam sem se dar por isso. E era como se batesse quatro breves pancadas, à porta da desgraça."